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Há 75 anos Irmã Dulce recebia seu hábito

23 de July de 2008
Neste mês de agosto, Irmã Dulce completaria 75 anos de vida religiosa. O dia 13 de agosto de 1933 marcaria para sempre a história de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. A partir dessa data, ela não mais usaria o nome de batismo, passando a ser conhecida simplesmente por Irmã Dulce, em homenagem à mãe, que perdera ainda pequenina. Ao trocar de nome e receber – das mãos do frei franciscano João Batista Villas – o hábito da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, a freira escrevia ali o primeiro de muitos capítulos que o destino lhe reservaria à frente de uma causa sem precedentes. Irmã Dulce teve 58 anos de vida religiosa para operar transformações gigantescas e imprimir marcas indissolúveis à maneira de se fazer caridade. Suas mãos carinhosas foram muito além da oração: refletiram, num árduo e contínuo trabalho da assistência aos mais necessitados, o imenso amor ao próximo e o respeito aos mais nobres valores que a fé e a formação lhe conduziam à consciência. Via, em cada necessitado que a procurava, a própria figura de Cristo. Moradores das palafitas de Alagados, doentes recolhidos das ruas, trabalhadores do Círculo Operário da Bahia (que ajudou a fundar), presidiários, órfãos – o amor da freira que levantou as paredes de uma das maiores instituições filantrópicas do Brasil chegou aos que precisavam, sempre de forma incondicional. Por trás da fragilidade do corpo e da saúde debilitada, o espírito altivo e a força descomunal orientavam as ações que estabeleceram um dos mais fortes vínculos conhecidos entre uma obra caritativa e a população pobre. Um legado que, segundo a própria religiosa, é obra divina. No ano em que completaria 75 primaveras dedicadas ao hábito, nossa fundadora está prestes a ter justificada, com a Beatificação, a santidade que já lhe é conferida há muito tempo pela devoção popular enraizada nos quatro cantos do país. Independente do título, Irmã Dulce já tem o reconhecimento daqueles a quem nunca fechou as portas e por quem operou, na simplicidade dos pequenos gestos e na grandiosidade de feitos memoráveis, verdadeiros milagres em nome de Deus. Programação – A celebração da data, com o tema Irmã Dulce: 75 anos de consagração ao Jesus Salvador, revelado nos pobres e necessitados, será marcada em Salvador por uma missa, no dia 13, às 8h30, na igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Já no dia 16, a comemoração é na cidade sergipana de São Cristóvão, local do postulantado e noviciado de Irmã Dulce. Às 15h, será colocado um painel no claustro do convento do Carmo, onde a freira iniciou sua vida como religiosa. Na ocasião, a OSID assina convênio com o BANESE Card para a implantação da Sala de Memória de Irmã Dulce. Às 16h, será descerrada uma placa na gruta de N. S. de Lourdes, onde o Anjo Bom e as demais postulantes e noviças passavam as tardes de domingo em oração e momentos de lazer. Logo após haverá reza do terço e, às 17h, missa na igreja do Carmo.
Há 75 anos Irmã Dulce recebia seu hábito