Campanha pede doação de bancos para Igreja
07 de November de 2005
A mobilização para erguer no local do antigo Cine Roma a Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, que será mais um espaço para se manter viva a memória de Irmã Dulce, vai ganhar impulso a partir deste mês. Uma campanha para a doação dos bancos do templo, idealizada por Dona Dulcinha Lopes Pontes, presidente de honra das Obras Sociais Irmã Dulce e irmã do Anjo Bom do Brasil, pretende conseguir 90 bancos de madeira para a igreja, local que futuramente irá abrigar o túmulo do Anjo Bom.
Uma coincidência feliz marca o período escolhido para a campanha: no dia nove de novembro D. Dulcinha completa 90 anos, exatamente o número de bancos que a igreja necessita. A idéia é que todas as doações para a construção da igreja feitas no mês de seu aniversário sejam revertidas para a compra dos bancos. A intenção de D. Dulcinha é a de que os doadores que contribuírem com o valor integral de cada peça, R$ 2.000,00, tenham os seus nomes gravados no mobiliário doado.
Voluntária de primeira hora de Irmã Dulce, D. Dulcinha tem experiência no duro trabalho de arrecadar doações para a obra social erguida pela irmã. Foi ela que na década de 40 do século passado passou meses na então capital federal, Rio de Janeiro, enfrentando a burocracia do governo do Presidente Dutra. O objetivo era conseguir a verba necessária para que Irmã Dulce inaugurasse o Círculo Operário da Bahia, espaço onde anos depois surgiria o Cine Roma, construído pela freira para assegurar recursos para o trabalho com os operários da Península de Itapagipe. O desafio agora é disseminar a exemplo de Irmã Dulce e contribuir para a sua beatificação, principal objetivo da igreja.
Em outubro foi iniciada uma nova fase na reforma do prédio, que está tendo sua estrutura adaptada à arquitetura sacra graças a doações de fiéis. Como ocorre desde 2002, quando o espaço foi aberto à comunidade e a OSID lançou a Campanha do Tijolinho para arrecadar recursos para o projeto, esta etapa está tendo o apoio de doadores anônimos e de entidades como a Associação Comercial da Bahia (ACB). A expectativa é que com o novo piso e os bancos, a partir de janeiro de 2006 a igreja se torne mais confortável e aumente a realização de eventos e a presença de fiéis no local.