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Livro de Mabel Velloso relata trajetória de Irmã Dulce

24 de July de 2005
Linguagem fluida, um visual atraente e uma história apaixonante. Com estes requisitos a escritora Mabel Velloso conta de forma muito especial e particular a vida do Anjo Bom no volume Irmã Dulce da coleção A Luta de Cada Um (56 páginas, Instituto Callis). A publicação veio preencher uma lacuna, mais especificamente junto ao público jovem, de informações sobre a vida da freira baiana. O livro faz parte da coleção A Luta de Cada Um, que traz biografias de brasileiros notáveis que enfrentaram desafios para tornar o mundo melhor. Desde os primeiros passos e brincadeiras da pequena Maria Rita ao lado dos irmãos até as peregrinações pela Cidade Baixa, em Salvador, a história contada por Mabel Velloso vem enriquecida por sua veia poética que destaca momentos ternos e marcantes da jornada de amor de Irmã Dulce. “Mariinha foi crescendo numa casa onde o amor unia, fazia laços entre os familiares. As orações faziam parte do dia-a-dia daquela gente que vivia com todo conforto. Ainda bem menina Maria Rita aprendeu a rezar a Ave Maria”, conta Mabel em um dos trechos iniciais. O texto narra momentos da vida da religiosa como o ocorrido no dia 15 de agosto de 1933, quando recebeu seu hábito de freira e teve seu nome mudado para Dulce. Biografias e pensamentos - A vida do Anjo Bom já foi contada por outros escritores, um deles a sobrinha Maria Rita Pontes, que hoje é a superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce. Lançado em 1983, o livro Irmã Dulce dos Pobres já está na 16ª edição. A biografia oficial da freira, Irmã Dulce – O Anjo Bom da Bahia, escrita pelo teólogo, biógrafo de santos e consultor da Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano, Gaetano Passareli, foi lançada pela Editora Record em maio de 2002 e está em sua segunda edição. A vida de Irmã Dulce, seu devotamento aos pobres, a potência de sua fé e os caminhos que a levaram a erguer uma obra missionária, estão descritos no livro, que é o relato de uma vida na qual o biógrafo enxerga a presença da centelha da iluminação, o reflexo da divindade que é marca daqueles que dedicaram sua vida a servir a Deus. “Irmã Dulce levou Jesus aos homens cuidando deles como se fossem a imagem do Cristo”, sustenta Passareli. O biógrafo ressalta que a vida de Irmã Dulce tem características da trajetória de santos evangelizadores, em que a fé e a prática cristã nunca se apartam. “Ela vivenciou plenamente a realidade dos pobres. As Obras hoje são um ponto de abrigo, de referência para os que não têm a quem recorrer”. A Record lançou também em 2002 o livro Sementes de Amor – A Sabedoria de Irmã Dulce em 85 Pensamentos. O assessor de Memória e Cultura da OSID, Osvaldo Gouveia, ainda relata a existência de dez textos em escritos de cordel e de uma revista em quadrinhos, iniciativa de devotos cearenses. Para Gouveia resta, porém, a publicação de um livro que contemple a reflexão sobre a espiritualidade de Irmã Dulce. “O Amar e Servir é o carisma, mas ele só foi abordado do ponto de vista da ação”, avalia.
Livro de Mabel Velloso relata trajetória de Irmã Dulce